quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Moonlight Mile


Dennis Lehane é um nome sobejamente conhecido de quem gosta de políciais. Vários dos seus livros já foram adaptados ao cinema e lê-lo é sempre um prazer. Os protagonistas são Patrick Kenzie e Angie Gennaro, um casal de detetives que doze anos depois se vêem a braços com o novo desaparecimento de Amanda McCready, sendo, portanto, este livro uma sequela de Gone, baby, gone.
Num cenário de atualidade-a crise do imobiliário, a importância das tecnologias, a crise social são bem retratadas; os personagens têm profundidade, os diálogos são verosímeis e o autor prende-nos desde a primeira linha.
Sem dúvida um dos grandes nomes do policial dos nossos tempos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Crónicas de uma Pequena Ilha


Editado originalmente em 1995 e agora editado pela Bertrand Editora, este livro não pode ser considerado de grande atualidade. No entanto, e por razões várias a sua leitura impôs-se-me. Bill Bryson é um autor de quem já li vários livros e cuja escrita despretensiosa e informativa é sempre agradável.
Neste caso a ilha de que se trata é a Grã-Bretanha ( Inglaterra, País de Gales e Escócia). Numa viagem de 7 semanas e antes do seu regresso aos Estados Unidos, de onde é originário, o autor percorre toda a Grã-Bretanha e decide fazê-lo apenas (ou quase) em transportes públicos. Começando pelo sul e terminando no Yorkshire, onde reside, vamos descobrindo monumentos, zonas balneares, cidades importantes e alguns lugares recônditos da preferência do viajante.
Escrito com o humor habitual em Bill Bryson este livro é um retrato pessoal da Grã-Bretanha e dos seus habitantes. Uma viagem que se recomenda.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Afirma Pereira


Um dos livros mais conhecidos de Antonio Tabucchi este Afirma Pereira é um romance político. Pereira é um jornalista que é diretor da página cultural de um jornal no conturbado ano de 1938. Numa altura em que a Europa vive várias convulsões políticas e sociais, Pereira vê-se limitado na sua veia cultural por questões que o ultrapassam e de forma inocente vê-se envolvido num caso de subversão. A braços com um momento pessoal de indefinição como irá o jornalista ultrapassar os problemas que lhe surgem?
Um livro de escrita fluída, em que as questões políticas são centrais e em que a decisão de como reagir perante as dificuldades é crucial.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Os Jardins de Kensington


Quando peguei neste livro não tinha noção do seu conteúdo e como tal, não fazia ideia do que me aguardava. Desde já esclareço que a surpresa foi extremamente agradável, mais uma vez.
Há no mundo milhões de fãs de Peter Pan, mas quantos desses fãs têm conhecimento das circunstâncias do "nascimento" deste personagem? Neste livro Rodrigo Fresán começa por nos levar à Escócia Natal de J.M.Barrie, o criador de Peter Pan e à época Vitoriana.  Mas Jardins de Kensington não é apenas uma biografia romanceada deste escritor, é também um retrato dos anos 60 em Inglaterra e do meio musical da época. É um tributo aos Beatles- e em especial destaque a música A Day in Life, e é ainda a história de Peter Hook, filho desse mesmo meio musical Londrino e obcecado por J.M. Barrie.
É um hino à infância que não é idílica mas sim vista como uma prisão da qual não conseguimos libertar-nos.
Um livro diferente mas imperdível.