segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Hotel Silêncio


Audur Ava Ólafsdóttir é uma autora Islandesa com vários livros publicados e premiados e cujo "Rosa Cândida" foi lido e comentado aqui há algum tempo.
Jónas é um homem só, divorciado, e cuja vida não tem qualquer interesse, segundo a sua perspetiva. Assim, decide partir para um país distante, onde a guerra destruiu quase tudo, e onde pensa que será fácil terminar os seus dias. Mas a vida é cheia de surpresas e aquele que ia ser o seu último destino transforma-se no local de viragem da sua vida.
Uma escrita que prende, cheia de poesia e filosofia, que nos questiona. um belo livro.

domingo, 17 de novembro de 2019

Autobiografia


A publicação de um novo romance de José Luís Peixoto é sempre um acontecimento. Com Autobiografia podemos dizer que a visibilidade é ainda maior pois para além da expectativa habitual temos ainda um romance em que o autor/narrador partilha o protagonismo com José Saramago.
O lirismo a que o escritor nos habituou está presente ao longo de todo o livro cuja história ou histórias nos são narradas de forma fragmentada, a exigir concentração e envolvimento por parte do leitor.
A condição de expatriado comum a vários personagens, a queda do Império Português a marcá-los de formas diferentes, a angústia de um jovem escritor em busca de inspiração para um segundo romance, o segredo de um Saramago a caminho da consagração do prémio Nobel, são estes alguns dos assuntos que este belo romance trata.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

A Única História


O que dizer sobre Julian Barnes, que, na minha opinião, está cada vez melhor? 
Paul recorda, muitos anos depois, a sua história de amor com uma mulher muito mais velha. Aos 19 anos, o protagonista desta história conhece esta mulher e a relação entre ambos irá transformar as suas vidas. Na sua inocência Paul mergulha totalmente neste amor e a mulher amada, na sua inexperiência, segue-o para uma vida onde o amor não é  suficiente para encarar as dificuldades de um dia-a-dia difícil e sem glamour ou o olhar de uma sociedade rígida.
É melhor não sofrer e não amar ou amar e sofrer? Sim, porque amar implica inevitavelmente sofrimento e quando Paul olha para trás questiona-se e questiona-nos sobre qual o caminho certo?
Escrita sempre elegante em que, novamente, as questões da memória estão presentes, num livro que é um deleite. 

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Pessoas Normais


Este romance da autora Irlandesa Sally Rooney  fez parte da Long List do Booker Prize.
As vidas de Marianne e Connell são distintas, como são as suas personalidades, mas, nas incertezas e medos das suas juventudes, acabam por se tocar e, apesar dos altos e baixos da sua relação, há um elo inquebrável a uni-los.
Num romance onde as questões que preocupam os jovens são abordadas de forma simples e, no entanto, de modo a nos deixar perceber toda a sua complexidade, a escrita prende-nos a cada página.
Mais uma belíssima edição da Relógio D'água.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Até os cães


Depois da leitura de Reservatório 13 como resistir à nova edição de Jon McGregor pela Elsinore?
Estamos algures em Inglaterra, numa fria manhã de finais de dezembro. O corpo de Robert é retirado de sua casa perante o olhar incrédulo daqueles que durante algum tempo foram a sua "família". Enquanto o corpo é transportado, autopsiado e por fim cremado vamos descobrindo de forma fragmentada estas vidas que em determinada altura se cruzaram por intermédio das suas dependências. A marginalidade entrelaçada com o amor, a esperança, mas também o desespero e a perda.
Um livro duro, uma escrita belíssima, um processo narrativo intenso. Este está a ser um ano de leituras inesquecíveis.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Homens de Pó


No verão quente de 1975 tudo está em jogo em Portugal. De África chegam em catadupa refugiados que fogem de guerras fratricidas.
Este é o cenário de partida para a historia que António Tavares, prémio Leya em 2015, nos narra com muito humor, fazendo um excelente retrato social e político da época. Os sonhos interrompidos e em confronto com a realidade dura que se depara aos  personagens retratados são, apesar de tudo, o que lhes dá força e esperança para resistir às condições vividas, numa história escrita com grande mestria. A leitura deste livro é um verdadeiro prazer.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Reservatório 13


Há vários anos li um livro chamado Se ninguém falar das coisas maravilhosas, este tinha feito parte da lista para o Booker Prize e chegou a Portugal com excelentes críticas. Foi uma das minhas leituras favoritas na época mas, como acontece com frequência, não tive mais notícias do autor.
Numa das minhas recentes pesquisas li sobre este Reservatório 13, acerca do qual escrevo agora. Após mais uma pesquisa descobri que se tratava do mesmo autor que tinha tido o prazer de ler há mais de uma década e se nessa altura gostei da sua escrita devo dizer que agora foi um prazer redobrado lê-lo.
Reservatório 13 fala-nos de uma pequena localidade do norte de Inglaterra na qual acontece o desaparecimento de uma adolescente em visita com os pais.
Vamos acompanhando o dia-a-dia daquela pequena comunidade, abalada por este desaparecimento e vamos vendo como esta vai lidando com a situação. Ao longo dos anos as coisas vão mudando, os jovens tornam-se adultos e a forma de olhar para o desaparecimento da jovem vai também mudando, enquanto impassivelmente a vida continua.
Jon McGregor é um nome a reter e a seguir.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Longe de Casa


É sempre uma delícia ler Peter Carey, este livro não foi exceção.
A ação acontece na Austrália nos anos 50 do século passado. Enquanto vamos atravessando o país, à boleia da corrida Redex Trial, vamos conhecendo a história de Irene Bobs e do seu marido, e a de Willie, professor desempregado , que vai ser essencial no desenrolar da prova e do romance.
Um retrato de uma Austrália branca que exclui os aborígenes e o peso desta herança.  Livro com muitos momentos de humor, muita história recente e que aborda temas de grande atualidade e ainda não resolvidos pela sociedade Australiana, para além de bem escrito, claro!

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Lanny


Segundo romance de Max Porter, Lanny é o sucessor de O Luto é a Coisa com Penas sobre o qual escrevi aqui há cerca de dois anos.
Lanny é um rapaz diferente, curioso, que vive numa pequena aldeia Inglesa onde as lendas se misturam com a realidade e onde o papá dentilária, figura lendária local,  assombra as crianças. É por  intermédio deste último que vamos conhecendo a aldeia e os seus habitantes presentes e passados.
Quais são os planos do papá dentilária para Lanny?
Num estilo inconfundível, este livro agarra-nos com o suspense que se desprende de cada página, com a sua estrutura diferente e a sua escrita depurada.
Nomeado para a long list do Booker Prize Lanny é um livro que se recomenda.

domingo, 28 de julho de 2019

A Luz da Guerra


A Relógio d'Água é uma editora cujo invejável catálogo nos garante leituras de grande qualidade. O mais recente romance do Canadiano Michael Ondaatje é certamente um desses casos.
Em 1945 dois irmãos adolescentes são entregues pelos pais a um inquilino que é quase um estranho.  Alguns anos depois o narrador e protagonista dos acontecimentos escreve sobre essa experiência, sobre as memórias daquele misterioso grupo com quem partilhou tempos de descoberta de um mundo paralelo, de uma Londres de clandestinidade e de mistérios.
A memória como veículo para a (in)compreensão da vida, os mapas desenhados por Nathaniel como metáfora para as possibilidades de caminhos que a vida nos apresenta, servidos por uma escrita poética que faz da leitura deste livro um verdadeiro deleite.

sábado, 6 de julho de 2019

Máquinas Como Eu


Na Londres do início dos anos 80 Charlie vive de expedientes. Recebe uma herança que gasta a comprar um Adão. Adão é um robot quase humano. A partir do relacionamento entre estes dois e Miranda, a namorada de Charlie, irá formar-se um enredo em que a história se mistura com a ficção e no qual a temática das máquinas, as suas capacidades versus limitações e a questão do que nos torna humanos estão trabalhados de forma exímia. 
Prosa recheada de humor a abordar temas sérios. Mais um grande livro de Ian McEwan.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Rua Katalin


Escritora Húngara de quem já estava editado entre nós o excelente A Porta, Magda Szabó retrata aqui a vida de três famílias que, antes da guerra viviam lado a lado e cujos destinos são destroçados por esta.
Nos anos 30 do século XX as 4 crianças destas famílias são inseparáveis e os seus destinos parecem traçados, no entanto, o início da II guerra mundial irá transformar as suas vidas. As perseguições nazis, a dor dos que regressaram da guerra, a ocupação soviética estão aqui soberbamente retratados. As memórias do passado a interferirem no presente e a condicionarem a possibilidade de futuro.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Dor


De Israel chegam com regularidade bons escritores e bons livros. Zeruya Shalev foi a minha mais recente descoberta. Mais uma que fico a dever à excelente Elsinore.
Íris é uma mulher de meia idade cuja vida foi marcada por dois acontecimentos traumáticos: o abandono pelo seu primeiro amor e um atentado que lhe trouxe graves consequências físicas.
Passados dez anos sobre o atentado a sua vida segue num equilíbrio precário, tal como o seu casamento e a relação com a filha, jovem adulta. O reaparecimento do seu amor de juventude irá complicar a  fraca estabilidade da sua vida.
Uma leitura empolgante em que a dor na sua vertente física mas também psicológica, como o título deixa perceber, é o centro de todo o livro.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

O Arquipélago do Cão


Tenho acompanhado a escrita de Philippe Claudel desde que o descobri através do seu fantástico Almas Cinzentas. 
Aqui, numa pequena ilha onde todos se conhecem, 3 cadáveres surgem na praia. O que fazer? A decisão tomada irá ter pesadas consequências. 
Uma história onde as migrações atuais se cruzam com a posição de indiferença ou mesmo desdém pelos destinos das vítimas. Um retrato duro mas subtil da sociedade atual. Com momentos mais intensos, a qualidade de escrita a que este autor já nos habituou.

terça-feira, 14 de maio de 2019

A Sexta Extinção


Trabalho jornalístico de grande fôlego este livro deu o prémio Pulitzer a Elizabeth Kolbert.
Num percurso que começa nas rãs e outros batráquios, passando pelos morcegos ou os grandes mamíferos, vamos deambulando por várias eras e épocas e acompanhando as grandes extinções que se verificaram ao longo da história da Terra. Também o trabalho de cientistas históricos e atuais está em análise. 
Uma abordagem clara de um tema de grande complexidade, acessível a todo o tipo de leitores num dos bons livros ao nosso dispor neste momento. 

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Guerra e Terebintina


Stefan Hertmans é um autor Belga com uma vasta obra editada e cujo Guerra e Terebintina, que chegou agora a Portugal tem sido aclamado no meio literário internacional, tendo sido nomeado para vários prémios e vencedor de alguns. A primeira guerra mundial e o avô do autor estão no centro da história deste livro. A pintura tem um papel crucial e as memórias são o fio condutor que nos faz viajar ao longo do século XX e até à atualidade.
Com uma faceta autobiográfica e também de ensaio lê-se com muito prazer.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Assimetria


Este romance de estreia de Lisa Halliday foi considerado um dos melhores livros de 2018 nos Estados Unidos. As assimetrias chegam-nos em três partes: A primeira história acompanha um casal que vive na Nova Iorque dos pós 11 de setembro, em que uma jovem editora mantém uma relação com um escritor famoso em fim de vida . A história seguinte gira à volta de um homem com dupla nacionalidade - Americana e Iraquiana, que se encontra retido no aeroporto de Heathrow. No final voltamos ao escritor famoso que acaba de receber o Nobel e é entrevistado em jeito de balanço de vida.
As assimetrias são várias, desde a idade dos protagonistas da primeira e da última parte, às condições de vida dos Americanos e dos Iraquianos da segunda história. As questões que Lisa Halliday aborda são transversais: como ultrapassar as diferenças de género, de idade, culturais ou de poder? A solidão mesmo quando estamos acompanhados ou a dificuldade que nos conhecermos.
Um livro com muitas referências literárias e musicais, que está bem escrito e se lê com muito prazer apesar da estranheza.

quarta-feira, 6 de março de 2019

A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver


Ana Cláudia Quintana Arantes é uma médica geriatra, especializada em cuidados paliativos, com uma já longa carreira e que aborda de forma clara e com muita sensibilidade uma temática que, não sendo de abordagem fácil, é de interesse para todos: a morte. 
Para quem pense que este é um livro negro ou deprimente devo dizer que foi uma leitura extremamente agradável e luminosa. Não se trata aqui apenas de morte, trata-se essencialmente da vida, e a vida é para viver até ao último sopro. É esta a perspetiva da autora, que nos fala de casos que acompanhou, da visão da morte que nós, ocidentais,  temos e acima de tudo da importância que tem a forma como vivemos os nossos momentos finais assim como os daqueles que acompanhamos - familiares, amigos, pacientes, etc.
Um livro a ler! 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Eliete


Um dos lançamentos sonantes do final de 2018 foi, sem dúvida, o novo romance de Dulce Maria Cardoso. Depois do retumbante sucesso de Retorno, aguardava-se com expetativa este novo trabalho. E o resultado não desilude.
Eliete é uma mulher na casa dos 40 que não está bem na sua pele.
As relações com a mãe e a avó, que começa a sofrer de demência, e a rotina no seu casamento, são uma pedra no sapato para a sua realização pessoal. As dificuldades da sua vida  são, de certa forma, suavizadas pela  vida fictícia nas redes sociais. Até ao momento em que surge o Duarte.
Muitas questões de grande atualidade e a herança dos anos de ditadura na sociedade Portuguesa são alguns dos aspetos que tornam a leitura deste livro ainda mais interessante.
Um ótimo domínio da escrita num romance cujo desfecho fica adiado para um segundo volume a publicar no corrente ano.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Escolhas de 2018

Mais um ano com muitas leituras, como sempre umas melhores que outras. Como já vem sendo habitual, deixo aqui, novamente sem qualquer ordem de preferência, alguns dos livros que mais me marcaram ao longo de 2018. É sempre uma seleção difícil e ficam sempre de fora livros de excelente qualidade.





















A Guerra não tem Rosto de Mulher, Svetlana Alexievich - Elsinore






terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Inverno


Na sequência de Outono, chega agora Inverno, segundo volume da tetralogia da escritora Inglesa Ali Smith. 
Estamos em plena época Natalícia e o protagonista deste romance, de grande atualidade, decide ir passar uns dias com a mãe na companhia da sua namorada. O problema é que a namorada o abandonou e a sua vida está do avesso. Perante este cenário e não querendo dececionar a mãe contrata uma desconhecida para o acompanhar fazendo-se passar pela sua namorada. A sua tia irá completar o conjunto de personagens.
Num ambiente surreal e lúgubre o inverno faz-se sentir lá fora mas também no interior deste pequeno grupo dilacerado e à deriva.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O Fim do Fim da Terra


A temática ambiental a ter lugar de honra neste livro de Jonathan Franzen, que,  sendo uma coletânea de ensaios escritos essencialmente nos últimos 5 anos, se lê com o mesmo prazer que nos proporcionaria um bom romance.
Um apaixonado e dedicado observador de aves, o autor relata-nos algumas das suas experiências, no âmbito deste seu passatempo, enquanto nos vai falando dos problemas da sua vida e das questões que o preocupam.
Um dos bons livros que chegaram a Portugal em 2018.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Princípio de Karenina


Afonso Cruz tem vindo a implantar-se no meio literário Português (e não só) como um dos nomes maiores da atualidade. O Princípio de Karenina traz-nos novamente um romance delicado e poético, onde o protagonista é um homem profundamente marcado pela sua infância e por um pai que vivia em clausura e que lhe incutiu o medo do mundo.
Num cenário de vida comezinha, restrita e restringida a um espaço muito limitado, surge o estranho e o exotismo por meio de uma empregada. Esta chegada de luz e ar puro irá transformar a sua vida e a sua visão do mundo.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Histórias de Livros Perdidos


Pequeno mas interessante livro onde o autor, Giorgio Van Straten, nos relata várias histórias de livros que desapareceram sem deixar rasto. Sendo as suas origens muito diversas (de Nikolai Gogol a Walter Benjamin passando por Sylvia Plath, entre muitos outros), vamos seguindo as pistas que nos foram deixadas um pouco por todo o mundo.
Um livro sobre livros, sobre escritores, sobre a importância da nossa imaginação na leitura e na idealização dos livros.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Aquilo que Encontrei na Praia


Cynan Jones já é um dos meus autores Ingleses favoritos da atualidade. Depois da leitura de A Cova e A Baía tinha de ler  Aquilo que Encontrei na Praia.
Novamente uma história simples:  homens em busca de respostas para as suas vidas e muito suspense fazem deste romance uma leitura obrigatória.
O mar sempre presente - o protagonista é pescador e também os outros personagens têm ligações ao mar, é meio de subsistência mas também veículo de morte. 
A tensão está presente da primeira à última frase e o fim não desilude. O autor consegue, mais uma vez, trazer-nos um grande romance em que cada palavra conta.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Passagem para o Ocidente


O tema não podia ser mais atual: refugiados. Mohsin Hamid descreve um país muçulmano, supostamente do médio oriente, que entra em guerra civil o que provoca uma debandada dos seus cidadãos. Será o caso de Nadia e Saeed, dois jovens oriundos da classe média, com vidas confortáveis, que se apaixonam mas se vêm forçados a partir. A única possibilidade de fuga deste inferno em busca de uma nova vida faz-se através de "portas" que são difíceis de encontrar e que comportam muitos riscos. Nesta fase do romance a dureza da realidade é, de certa forma, suavizada pela "fantasia" com que o autor nos relata estas fugas e as subsequentes passagens por campos de refugiados. 
A erosão provocada nas pessoas e nas suas relações por estas deslocações, pela dureza das condições de vida, pela luta pela sua aceitação nos locais onde vão parar, irá afetar os nossos protagonistas tanto a nível da sua relação como na forma como cada um deles vai sentir-se relativamente ao seu país ou à religião.
Foi o segundo romance que li deste autor e que confirma a excelência da sua escrita.
Uma abordagem diferente mas excelente a um tema difícil e delicado.