terça-feira, 24 de setembro de 2019

Homens de Pó


No verão quente de 1975 tudo está em jogo em Portugal. De África chegam em catadupa refugiados que fogem de guerras fratricidas.
Este é o cenário de partida para a historia que António Tavares, prémio Leya em 2015, nos narra com muito humor, fazendo um excelente retrato social e político da época. Os sonhos interrompidos e em confronto com a realidade dura que se depara aos  personagens retratados são, apesar de tudo, o que lhes dá força e esperança para resistir às condições vividas, numa história escrita com grande mestria. A leitura deste livro é um verdadeiro prazer.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Reservatório 13


Há vários anos li um livro chamado Se ninguém falar das coisas maravilhosas, este tinha feito parte da lista para o Booker Prize e chegou a Portugal com excelentes críticas. Foi uma das minhas leituras favoritas na época mas, como acontece com frequência, não tive mais notícias do autor.
Numa das minhas recentes pesquisas li sobre este Reservatório 13, acerca do qual escrevo agora. Após mais uma pesquisa descobri que se tratava do mesmo autor que tinha tido o prazer de ler há mais de uma década e se nessa altura gostei da sua escrita devo dizer que agora foi um prazer redobrado lê-lo.
Reservatório 13 fala-nos de uma pequena localidade do norte de Inglaterra na qual acontece o desaparecimento de uma adolescente em visita com os pais.
Vamos acompanhando o dia-a-dia daquela pequena comunidade, abalada por este desaparecimento e vamos vendo como esta vai lidando com a situação. Ao longo dos anos as coisas vão mudando, os jovens tornam-se adultos e a forma de olhar para o desaparecimento da jovem vai também mudando, enquanto impassivelmente a vida continua.
Jon McGregor é um nome a reter e a seguir.