quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sempre o diabo




Com um título destes era de prever um livro à volta do mal e da religião. São, de facto, esses os temas centrais do primeiro romance de Donald Ray Pollock.
A história desenvolve-se entre o final da segunda guerra mundial e o início dos anos 60. Willard regressa da frente do Pacífico Sul com traumas dos quais não se consegue livrar e encontra a mulher da sua vida Charlotte. Dessa união surgirá Arvin. Após a dolorosa perda da mãe e do pai, este vai viver com a avó que tem a seu cargo Lenora. Esta é a base para um livro onde os cenários decadentes, as pulsões irracionais, a violência gratuita e a eterna obsessão religiosa nos irão conduzir até uma purga final ao estilo americano. A fazer lembrar,  na sua forma de lidar com a religião, a excelente Flannery O'Connor ou William Faulkner, este livro é de grande crueldade mas excelente na sua abordagem.

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