O primeiro romance de Eimear McBride é um autêntico murro no estômago. Narrado na primeira pessoa por uma rapariga que vive a evolução da doença do irmão, a escrita é fragmentada e desorganizada seguindo os pensamentos e sentimentos da narradora. Na família disfuncional aqui retratada cada um vai enfrentando a situação à sua maneira e a rapariga vive-a num processo de auto-violência .
Escrita extremamente original, que transmite na perfeição a desordem interior da rapariga e que não nos poupa a todos os tipos de violência vividos pelos personagens. Livro duro em que a linguagem é muitas vezes também uma agressão mas onde o cerne da questão-o amor que une os dois irmãos- é evidente e retratado em todas as suas facetas.
Não recomendável para leitores mais sensíveis.
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