sábado, 31 de janeiro de 2015

Leituras de 2014


Como vem sendo meu hábito há já vários anos também este ano revi as minhas leituras e fiz o ranking dos meus livros favoritos de 2014. A dificuldade é sempre grande, talvez daqui a uns anos as minhas escolhas sejam diferentes, no entanto à data eis a minha lista pessoal:

As primeiras coisas, Bruno Vieira Amaral - Quetzal
Purga, Sofi Oksanen - Alfaguara
Para onde vão os guarda-chuvas, Afonso Cruz - Alfaguara
A teoria dos limites, Maria Manuel Viana - Teodolito
Intempérie, Jesús Carrasco - Marcador
Sempre o diabo, Donald Ray Pollock - Quetzal
Até nos vermos lá em cima, Pierre Lemaitre -Clube do Autor
Stoner, John Edward Williams - D.Quixote
O grande rebanho, Jean Giono - Presença
Maus, Art Spiegelman - Bertrand
Primeiro os idiotas, Bernard Malamud - Cavalo de Ferro

Esclareço que a ordem apresentada é meramente cronológica não refletindo qualquer preferência. Escrevi sobre a maioria destes livros aqui no blog, conforme os links acima.


Talvez alguns dos títulos coincidam com as vossas preferências...Querem partilhar connosco?

2 comentários:

  1. Obrigado, Regina, pela partilha.

    Eu também gostei muito do "Stoner". Das minhas leituras do ano passado, apesar de algumas edições serem mais antigas, destaco: "Gente Independente" (Cavalo de Ferro), de Halldór Laxness; "Desumanização" (Porto Editora), de valter hugo mãe (para me manter na Islândia) e "Diário da Guerra dos Porcos" (Cavalo de Ferro), do argentino Adolfo Bioy Casares, "Diário da Guerra aos Porcos".

    Agora estou a ler "O jogo do mundo - Rayuela" (Cavalo de Ferro), de Júlio Cortazar. Muito bom.

    Para terminar, partilho um poema do grande Manoel de Barros, recentemente falecido. Um poema do seu "O Livro das Ignorãças"

    VII

    Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
    leituras não era a beleza das frases, mas a doença
    delas.
    Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
    esse gosto esquisito.
    Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
    - Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
    o padre me disse.
    Ele fez um limpamento em meus receios.
    O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
    pode muito que você carregue para o resto da
    vida um certo gosto por nadas...
    E se riu.
    Você não é de bugre? - ele perguntou.
    Que sim, eu respondi.
    Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
    estradas -
    Pois é nos desvios que encontra as melhores
    surpresas e os ariticuns maduros.
    Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
    Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
    agramática.

    Abraço,
    Adérito

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  2. Obrigada pela partilha Adérito.
    A desumanização também foi um dos livros que mais gostei no ano passado mas o top era de 10... Boas leituras!

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