sábado, 14 de novembro de 2015

Flores


Depois de Para Onde vão os Guarda-chuvas a expectativa em relação ao novo romance de Afonso Cruz era muita. Num registo completamente diferente do livro anterior, este Flores é um livro que, mais uma vez, deixa bem patente a qualidade e o domínio da escrita deste autor que se movimenta em tantas áreas diferentes como peixe na água. 
O protagonista vive entre um casamento desfeito e a falta de memória de um vizinho que se torna a sua tábua de salvação. Num momento em que a sua vida pessoal desaba, o apoio e a tentativa de devolver um passado ao vizinho amnésico e doente são o "remédio" que, apesar de todas as dificuldades, o fazem prosseguir. 
Uma história que nos fala da memória e da sua importância na composição daquilo que somos. Dos muitos eus que nos compõem e também da dor de viver sem ancoras e sem objetivos.
Mais um excelente trabalho de Afonso Cruz.

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