terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O Luto é a coisa com penas



Max Porter escreve sobre uma família enlutada pela morte de Sylvia, a mãe. Um pai à deriva na sua dor, dois filhos que tentam compreender as mudanças que as suas vidas ressentem. O corvo é a figura incómoda, negra e desagradável mas também cheia de humor, que vai acompanhar esta família destroçada na sua reconstrução.
Com muitas referências literárias, mais concretamente a Ted Hughes, Sylvia Plath ou ainda Emily Dickinson a narração divide-se pelas vozes do pai, dos filhos e do corvo. Dividido em três partes que refletem as três fases do problema que a família vive: na primeira parte o aparecimento do corvo, com a morte da mãe/esposa; na segunda parte a luta desta famíla para prosseguir e, por fim, na terceira parte a partida do corvo perante o "trabalho" feito.
Com uma escrita em prosa mas que é altamente poética, tratando de um tema tão doloroso com momentos de grande intensidade emocional, mas também momentos de humor, o Luto é a Coisa com Penas é um livro difícil de classificar mas de uma grande beleza numa forma muito original.

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